O casal Eduardo e Elisângela sempre escolhe e pede comida pela internet. Em São Paulo, eles fazem pedidos em diferentes restaurantes. Já são fregueses on-line e gastam por mês até R$ 300.“A principal vantagem é que eu não preciso ter o cardápio em mãos. Assim, como eu ando sempre com meu notebook, eu trabalho em vários lugares, onde eu parar, eu consigo ter um cardápio on-line na hora e eu posso fazer o pedido”, diz o cliente Eduardo Regioli. Os empresários – Marco Antonio Corradini e Luis Carlos Jares - criaram o portal de restaurante na web. Lá, ficam centralizados os cardápios de vários restaurantes de São Paulo. A empresa começou a funcionar em 2005. O investimento na instalação do projeto foi de R$ 200 mil. Na verdade, este portal é uma espécie de praça de alimentação virtual. O sistema instalado pelo portal restaurante web é sofisticado. Duzentos restaurantes parceiros já estão cadastrados. Para o cliente internauta, fazer o pedido on-line, primeiro ele coloca o CEP do endereço onde o pedido será entregue. O sistema indica os restaurantes que atendem na região. Aí, é só escolher o restaurante e o prato preferido. Ao clicar para confirmar, são solicitadas informações do cliente: nome, endereço, e-mail e telefone.O internauta só paga a taxa de entrega cobrada pelo restaurante. O uso do portal é gratuito. Já o restaurante recebe a informação do pedido por um sinal sonoro. O sistema do portal delivery tem capacidade de receber ao mesmo tempo até cem pedidos on-line. No restaurante, um funcionário monitora todos os pedidos que chegam pela internet. E logo a cozinha começa a preparar o prato.
O empresário Alexandre Levy – dono de uma pizzaria – participa do portal de restaurantes de delivery on-line. Para ele, o sistema eliminou um problema comum nos pedidos de pizza.
“Muitas vezes a pessoa liga para cá e faz o pedido por telefone. Então ela pede: meia calabresa e meia mussarela. Metade sem cebola, metade com azeitona. O pizzaiolo faz exatamente como ele pediu. Aí chega lá e ele fala ´não é essa a pizza que eu pedi!´. Então, ele pedindo pela internet não tem como sair errado”, comenta Alexandre Levy, dono da pizzaria.
Para participar do portal, cada restaurante paga uma taxa de adesão de até R$ 600. O percentual das vendas on-line varia de 5% a 8%. Para o portal, cada restaurante é um importante parceiro.
“A gente é parceiro no tocante a venda. Quanto mais vender, obviamente vai ter participação maior”, aponta o empresário Marco Antônio Corradini.
O empresário Roberto Magalhães é dono de uma rede de pastelaria. Há seis meses, ele implantou o sistema delivery on-line, que hoje é responsável por 15% das vendas.
“A gente vai passar de 50% muito rápido. Porque as pessoas querem a praticidade da internet, você elimina o atendimento fonado, elimina erros. A pessoa escolhe, coloca no carrinho, aperta enter. Vai sair na cozinha o pedido e ponto final. Vai sair o que ela pediu”, explica Roberto Magalhães, dono de pastelaria.
A consultora Adriana Furquim acredita que no máximo, em cinco anos, a internet vai dominar o sistema de delivery dos restaurantes no Brasil. Para ela, os empresários devem se preparar e implantar a ferramenta no negócio para ter um diferencial competitivo.
“A partir do momento que você tem o seu restaurante já informatizado, o delivery, ele não vai ter um custo diferente pra você. Você não vai agregar custo. Você, na verdade, vai estar redirecionando o custo de um atendente pra uma participação nessa empresa, que está te dando a tecnologia. Então é uma parceria. Esse é o diferencial competitivo, como a gente chama, para os novos empresários do mercado”, aponta Adriana Furquim, consultora de restaurantes.
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